Resenha: Cartas de Amor aos Mortos - Ava Dellaira

Editora: Seguinte

Ano: 2014

SBN: 978-85-65765-41-1

Páginas: 337

Classificação: 5/5

Sinopse: Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

Laurel está perdida. Com a morte de sua irmã, e a partida de sua mãe que se mudou para Califórnia, ela fica confusa e desolada. Na nova escola ela quer fugir de tudo, e assim que faz suas primeiras novas amigas, ela simplesmente finge que não aconteceu nada com ela e que está bem. Essas novas amizades podem ser a salvação de Laurel, podem a tirar do fundo do poço onde se encontra.

Então um dia, na aula de inglês, a professora sugeriu um trabalho. Fazer uma carta para alguém que já morreu. Laurel se interessou e depois disso, mesmo sem entregar o trabalho, ela passa a escrever a varias pessoas. Kurt Cobain, Judy Garland, Amelia Earhart entra outras pessoas, como músicos e poetas, que de alguma forma ela sempre teve algo a dizer.

Laurel é aquela menina que não tem confiança em si mesma. Ela admirava a irmã mais velha e a via como exemplo de como ser. E assim ela fez, tentando ser como May foi um dia. Mesmo não contando para ninguém, Laurel se culpa pela morte de sua irmã. E a única coisa que a faz se sentir melhor são suas novas amigas... E as bebidas que elas trouxeram.

 Natalie e Hannah são estranhas, mas ao mesmo tempo normais. Cada uma com uma personalidade distinta, mas como se fossem feitas para estarem juntas. Elas apresentam esse novo mundo para Laurel, que não tinha amigas e mal convivia com pessoas da sua idade. Aquilo que parece perfeito, na verdade não é nem a ponta do iceberg. Aos poucos você vai percebendo a profundidade dos problemas de cada uma, assim como de Laurel. Outra nova pessoa que começa a fazer parte da vida de Laurel é Sky, o garoto que sem que Laurel entenda porque, mostrou interesse nela.

O livro era narrado pelo ponto de vista de Laurel, e me deixou com muita raiva em alguns momentos. Como você só via e sabia o que Laurel via e sabia muitas coisas demoram demais para se mostrar. Porque ela não tinha interesse em algumas coisas ou simplesmente demorava muito para questionar ou dizer algo. O que irrita bastante. O livro todo são cartas, as mesmas onde ela conversa com algumas figuras famosas.

Já imaginava que o livro terminaria de uma forma parecida com o que foi. E o epílogo foi com certeza demais. Eu fiquei muito feliz quando terminei o livro porque de certa forma correspondeu a todas as minhas expectativas, até mais. Com toda certeza eu recomendo, será uma grande leitura. 

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