Ano: 2010
Páginas: 182
ISBN: 9788578480400
Classificação: 4/5
Sinopse: O Theatro José de
Alencar é um lugar mágico. Foi construído em 1908 e graças aos cuidados que tem
recebido, ainda conserva a mesma beleza e encanto do dia de sua inauguração.
Parece inacreditável que seja possível sentar nas mesmas cadeiras em que tantas
pessoas estiveram há cem anos, quando a cidade recebeu de presente essa jóia de
arquitetura. Até hoje a empresa escocesa MacFarlane & CO, que forneceu o
ferro para estrutura da sala de espetáculos, indica o Theatro José de Alencar
como uma de suas obras mais bonitas, dentre tantas espalhadas pelo mundo. Além
do material vindo da Escócia, a beleza desse teatro também conta com a obra de
artistas plásticos, arquitetos e engenheiros brasileiros. Parece que os
fantasmas gostam de teatros antigos. Com esse não é diferente. Há anos os
funcionários e artistas que frequentam essa casa relatam histórias sobre uma
bailarina jovem, bonita, quase transparente, que dança no palco pela madrugada,
passeia pelos corredores e tenta fazer contato com alguém que não tenha medo do
seu hálito gelado. A bailarina fantasma tem algo a dizer e uma história para
contar. Sua vida se confunde com a vida dessa casa centenária. Só alguém com
muita coragem será capaz de ouvir.
Recebi este livro através do BookTour 2014 da Editora Biruta.
Você pode saber mais sobre o BT e o livro, através desta postagem AQUI.
O livro conta a história de Anabela, uma menina de 14 anos, que
perdeu sua mãe aos 7 anos. A mesma mora com seu pai, que é um arquiteto. Anabela
é uma menina simples e carismática, que sente muita falta de sua mãe. Por isso,
toda vez que alguma pessoa, flores ou animais morrem, Anabela escreve pequenos
bilhetes. E os enterra juntamente, acreditando que sua mãe irá recebê-los.
Marcelo, pai de Anabela, recebe a oportunidade de ser responsável
pela reforma do Teatro José de Alencar.
Felizes com a notícia, os mesmo são convidados para assistir ao espetáculo de ballet
Giselle.
Durante a apresentação, Anabela vê
uma bailarina diferente das demais. Uma bailarina toda de azul e muito pálida.
Uma bailarina fantasma. E é aí, que conhecemos um pouco mais sobre Clara, a bailarina fantasma que habita
o teatro.
Primeiro quero falar da
diagramação desse livro, que é impecável! O cuidado que se teve ao desenvolver
o mesmo, é muito visível. Como o livro fala sobre o Teatro José de Alencar, ao
longo do mesmo vamos encontrando imagens desse belíssimo lugar. Fazendo o
leitor compreender melhor a trama que se desenrola. Por isso, quero parabenizar
a Editora Biruta pelo magnífico trabalho
realizado.
A trama flui muito rápido, pois
além de ser uma leitura pequena, a escrita da autora Socorro ajuda. A autora é
bem clara e objetiva, mostrando os pontos importantes da história, sem enrolar
muito. Tudo muito sucinto e rápido. Na minha opinião, isso foi um ponto positivo,
porque ajudou no desenvolvimento e envolvimento do leitor.
O livro oscila entre o passado e
o presente. No presente mostra a história de Anabela e no passado a história de
Clara. E é impossível não se encantar pela história da bailarina fantasma. Não
somente a dela, mas a de seus pais, avós, tia, a construção do teatro e de sua
eterna paixão.
Desse modo o leitor se sente mais
conectado com o passado, do que com o presente. Pois a história de Anabela, não
é muito desenvolvida. Sabemos poucas coisas sobre a personagem e assim, não
consegui me sentir cativada pela mesma. Mas, no final do livro, tudo indica que
irá acontecer uma continuação (fato que foi confirmado pela autora) e este
mesmo, passará no Teatro Municipal do
Rio de Janeiro. E eu estou torcendo, para poder saber mais sobre Anabela.
Recomendo a leitura, pois a mesma
superou minhas expectativas. É uma leitura delicada e envolvente, que com
certeza encanta qualquer um!
Kamila Raupp
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